SÃO PAULO - O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardemberg, causou surpresa hoje ao afirmar que o Brasil corre risco de sofrer uma pane geral nos serviços de telefonia.
Sardemberg deu a declaração durante um encontro com empresários em Brasília e foi imediatamente rebatido pelas empresas de telefonia. Segundo Sardemberg, há muitas informações publicadas na imprensa que dão conta de uso excessivo das redes de telefonia brasileira e demanda acima da capacidade das teles suportarem.
“Se você é uma autoridade pública, simplesmente não pode ignorar essas notícias”, disse o presidente da Anatel. Sardemberg afirmou ainda que a agência reguladora criou uma comissão para avaliar o real estado das redes de comunicações no Brasil, se elas estão sobrecarregadas, se a manutenção é feita de forma adequada e se há pontos sensíveis na rede, suscetíveis a falhas.
O presidente da Abrafix, entidade que reúne as teles fixas, José Fernando Pauletti, contestou o presidente da agência. Para Pauletti não existe risco de “caladão”, termo usado pelo próprio Sardemberg ao comparar o apagão energético como uma suposta falha geral dos serviços de telefonia. “Não há a menor hipótese de falha geral”, disse Pauletti.
O executivo da Abrafix disse que as teles fixas tendem à estabilidade no país, já que não há grande demanda por novas linhas fixas, o que protege as redes de eventuais excessos de demanda. Pauletti, no entanto, reconheceu fragilidades nas redes móveis.
Um dos serviços com maior vulnerabilidade seriam as redes 3G, insuficientes para atender à demanda. Em todo o país, usuários de banda larga 3G se queixam de lentidão e falhas neste tipo de serviço. A principal justificativa é que há clientes demais para redes de menos.
Uma das propostas em discussão no encontro entre a Anatel e empresários do setor foi expandir o compartilhamento de redes móveis no Brasil. Atualmente, este compartilhamento ocorre em cidades pequenas, com até 30 mil habitantes. A ideia era permitir que isto ocorresse também nas grandes cidades.
Assim, se ao usar a operadora A o usuário encontrasse a rede lenta demais, poderia usar a infraestrutura da tele B ou C, desde que estas redes não estejam operando naquele momento em seu limite. Esta medida exigiria um acordo entre as teles, mas tem potencial de melhorar a qualidade do 3G no Brasil.
Segundo Sardemberg, garantir investimentos e qualidade nas redes de telecomunicações tornou-se ainda mais importante depois que o Brasil foi confirmado como sede de grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo de 2010 e as Olimpíadas de 2016 no Rio. Ambos eventos, devem elevar muito a demanda por serviços de telefonia no país.
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SÃO PAULO - O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardemberg, causou surpresa hoje ao afirmar que o Brasil corre risco de sofrer uma pane geral nos serviços de telefonia.Sardemberg deu a declaração durante um encontro com empresários em Brasília e foi imediatamente rebatido pelas empresas de telefonia. Segundo Sardemberg, há muitas informações publicadas na imprensa que dão conta de uso excessivo das redes de telefonia brasileira e demanda acima da capacidade das teles suportarem.
“Se você é uma autoridade pública, simplesmente não pode ignorar essas notícias”, disse o presidente da Anatel. Sardemberg afirmou ainda que a agência reguladora criou uma comissão para avaliar o real estado das redes de comunicações no Brasil, se elas estão sobrecarregadas, se a manutenção é feita de forma adequada e se há pontos sensíveis na rede, suscetíveis a falhas.
O presidente da Abrafix, entidade que reúne as teles fixas, José Fernando Pauletti, contestou o presidente da agência. Para Pauletti não existe risco de “caladão”, termo usado pelo próprio Sardemberg ao comparar o apagão energético como uma suposta falha geral dos serviços de telefonia. “Não há a menor hipótese de falha geral”, disse Pauletti.
O executivo da Abrafix disse que as teles fixas tendem à estabilidade no país, já que não há grande demanda por novas linhas fixas, o que protege as redes de eventuais excessos de demanda. Pauletti, no entanto, reconheceu fragilidades nas redes móveis.
Um dos serviços com maior vulnerabilidade seriam as redes 3G, insuficientes para atender à demanda. Em todo o país, usuários de banda larga 3G se queixam de lentidão e falhas neste tipo de serviço. A principal justificativa é que há clientes demais para redes de menos.
Uma das propostas em discussão no encontro entre a Anatel e empresários do setor foi expandir o compartilhamento de redes móveis no Brasil. Atualmente, este compartilhamento ocorre em cidades pequenas, com até 30 mil habitantes. A ideia era permitir que isto ocorresse também nas grandes cidades.
Assim, se ao usar a operadora A o usuário encontrasse a rede lenta demais, poderia usar a infraestrutura da tele B ou C, desde que estas redes não estejam operando naquele momento em seu limite. Esta medida exigiria um acordo entre as teles, mas tem potencial de melhorar a qualidade do 3G no Brasil.
Segundo Sardemberg, garantir investimentos e qualidade nas redes de telecomunicações tornou-se ainda mais importante depois que o Brasil foi confirmado como sede de grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo de 2010 e as Olimpíadas de 2016 no Rio. Ambos eventos, devem elevar muito a demanda por serviços de telefonia no país.
FONTE: INFO Exame
Sardemberg deu a declaração durante um encontro com empresários em Brasília e foi imediatamente rebatido pelas empresas de telefonia. Segundo Sardemberg, há muitas informações publicadas na imprensa que dão conta de uso excessivo das redes de telefonia brasileira e demanda acima da capacidade das teles suportarem.
“Se você é uma autoridade pública, simplesmente não pode ignorar essas notícias”, disse o presidente da Anatel. Sardemberg afirmou ainda que a agência reguladora criou uma comissão para avaliar o real estado das redes de comunicações no Brasil, se elas estão sobrecarregadas, se a manutenção é feita de forma adequada e se há pontos sensíveis na rede, suscetíveis a falhas.
O presidente da Abrafix, entidade que reúne as teles fixas, José Fernando Pauletti, contestou o presidente da agência. Para Pauletti não existe risco de “caladão”, termo usado pelo próprio Sardemberg ao comparar o apagão energético como uma suposta falha geral dos serviços de telefonia. “Não há a menor hipótese de falha geral”, disse Pauletti.
O executivo da Abrafix disse que as teles fixas tendem à estabilidade no país, já que não há grande demanda por novas linhas fixas, o que protege as redes de eventuais excessos de demanda. Pauletti, no entanto, reconheceu fragilidades nas redes móveis.
Um dos serviços com maior vulnerabilidade seriam as redes 3G, insuficientes para atender à demanda. Em todo o país, usuários de banda larga 3G se queixam de lentidão e falhas neste tipo de serviço. A principal justificativa é que há clientes demais para redes de menos.
Uma das propostas em discussão no encontro entre a Anatel e empresários do setor foi expandir o compartilhamento de redes móveis no Brasil. Atualmente, este compartilhamento ocorre em cidades pequenas, com até 30 mil habitantes. A ideia era permitir que isto ocorresse também nas grandes cidades.
Assim, se ao usar a operadora A o usuário encontrasse a rede lenta demais, poderia usar a infraestrutura da tele B ou C, desde que estas redes não estejam operando naquele momento em seu limite. Esta medida exigiria um acordo entre as teles, mas tem potencial de melhorar a qualidade do 3G no Brasil.
Segundo Sardemberg, garantir investimentos e qualidade nas redes de telecomunicações tornou-se ainda mais importante depois que o Brasil foi confirmado como sede de grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo de 2010 e as Olimpíadas de 2016 no Rio. Ambos eventos, devem elevar muito a demanda por serviços de telefonia no país.
FONTE: INFO Exame
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